Ocorreu ontem, dia 21/11/2018, a 1ª Conferência CEBRI-BNDES: Caminhos do Amanhã, no Museu do Amanhã, no Centro do Rio de Janeiro e a LDC comex esteve presente no evento, para aprofundar seus conhecimentos nos setores mais relevantes para o Brasil na atual conjuntura.
A importância do evento se dá pela preocupação tanto de acadêmicos das Relações Internacionais quanto de empresários de setores públicos e/ou privados em debater e expor suas opiniões acerca dos diversos temas relevantes para o cenário em que o Brasil está inserido, principalmente no que tange os próximos 4 anos de governo Bolsonaro.
Os principais temas abordados durante o evento foram a Infraestrutura brasileira até 2022; a prospecção do setor energético nos próximos 4 anos; a nova abertura econômica brasileira; a relação Brasil-China – priorizando a parceria estratégica global sustentável –; a relação Brasil-Alemanha e suas inovações e indústria 4.0; e a questão do meio ambiente, junto com os seus desafios na inserção internacional.
Nos próximos artigos aprofundaremos em cada um dos temas discutidos, de forma a gerar tanto uma reflexão, como também expor as diretrizes estratégicas, de modo a melhorar os pontos críticos abordados na Conferência.
INFRAESTRUTURA EM 2022
Pode-se destacar do painel de Infraestrutura que o Brasil está defasado neste setor, tanto em termos de qualidade de ativos, quanto de quantidade de investimentos. Os investimentos em infraestrutura no Brasil tendem a ser baixos em comparação a outros países emergentes principalmente devido à falta de segurança jurídica e a falta de planejamento.
Dessa forma, os principais setores de infraestrutura brasileira que se encontram com deficiências são: 1)baixo nível de integração entre os modais – além de majoritariamente utilização do modal rodoviário, que causa problemas como congestionamento e alto custo de manutenção –; 2)abastecimento de água e saneamento precários; 3)setor de telecomunicações ineficiente, onde a velocidade media da banda larga brasileira está entre as mais baixas do mundo.
Para se ter uma ideia, o Brasil investiu cerca 1,8% do PIB em infraestrutura no ano passado. Entretanto, estima-se que seria necessário investir 4,2% do PIB durante 2 décadas para modernizar a infraestrutura nacional, de forma a garantir a universalização dos serviços básicos.
O setor de infraestrutura é a base para promover a competitividade do país e a qualidade de vida da população. Assim, um país com Infraestrutura modernizada e eficiente é capaz de superar desafios geográficos, atrair novos investimentos estrangeiros, ganhar na produtividade, para assim, viabilizar sua inserção nas cadeias globais de comércio.
Para atingir suas metas no setor de infraestrutura, é preciso seguir as 5 diretrizes básicas para a atração do investimento, sendo elas:
- Fazer planejamento de longo prazo – já que o país passa hoje uma fragilidade,
- Garantir segurança jurídica por meio da regulação e de governança eficiente,
- Incentivar financiamento e investimento por meio da parceria público-privado – foi destacado no painel que há procura de investimentos em países emergentes como o Brasil,
- Atrair competição com novos players qualificados, e
- Elaborar projetos de alta qualidade.
Karina Kupfer