O SETOR ENERGÉTICO EM 2022
O segundo painel da 1ª Conferência CEBRI-BNDES: Caminhos para o Amanhã teve foco no setor energético em 2022, enfatizando tanto a questão da abundância e diversidade de fontes energéticas que o Brasil possui em relação ao mundo, quanto traçando a visão estratégica e a agenda prioritária para o próximo mandato presidencial, que se inicia em janeiro de 2019.
Foi destacado durante o painel a relevância do setor energético nacional, uma vez que o país tem diversidade e abundância nas suas fontes energéticas, tornando-o próspero para a economia, por meio da geração de emprego e investimentos diversos. As principais fontes de energia ressaltadas no painel foram a hidrelétrica, a eólica, a solar, a biomassa e o petróleo e gás. Vale ressaltar que mesmo o Brasil tendo abundância de energias renováveis e esteja investindo nesta área (assim como o resto do mundo), a indústria de petróleo e gás ainda estará em alta por décadas, pois para ocorrer a transição para a energia renovável é necessário a energia fóssil.
Durante o painel, os palestrantes expuseram a visão estratégica no setor energético brasileiro que deverá ser adotado nos próximos anos, pois é preciso desenvolver o vasto potencial nacional, de modo a transformar o Brasil em potência no ramo, em um ambiente de negócios aberto, diversificado e competitivo, aderente à transição global para uma economia de baixo carbono.
Foi criticado e posto como prioridade que para deter desenvolvimento sustentável é necessário estabelecer politicas públicas de longo prazo, atraindo investidores privados, uma vez que o cenário hoje é de escassez de recursos públicos.
Por último, foram citados e contextualizados sobre a nova agenda prioritária para o setor energético brasileiro a ser adotado nos próximos anos, de forma que o Brasil venha a se destacar no cenário internacional no ramo. Sendo eles:
- Competitividade internacional: estimular a produtividade, otimizar a utilização das fontes energéticas, simplificar regras tributárias, promover integração às cadeias globais;
- Governança e prestação de contas: definir um planejamento energético de longo prazo, fortalecer os órgãos de governo existentes, preparar a regulação para que o consumidor seja uma agenda mais ativo, garantir transparência e acesso à informação;
- Segurança jurídica: simplificar os sistemas em vigor, garantir a independência das agendas regulatórias, estabelecer diálogo positivo com órgãos de controle, aprimorar o processo de licenciamento ambiental, eliminar mudanças retroativas;
- Ambiente propício à inovação: estimular parcerias entre empresas/universidades/startups, otimizar a infraestrutura existente, promover o desenvolvimento da indústria 4.0, impulsionar o empreendimento no país;
- Compromisso com a redução de emissão: garantir o protagonismo do setor energético na governança do clima, estimular a eficiência energética, conferir mais autonomia ao consumidor, racionalizar subsídios setoriais, estabelecer mecanismos de precificação de carbono.
Karina Kupfer