ARTIGO TRATA SOBRE QUESTÕES LIGADAS AO PLANEJAMENTO NO QUE TANGE ÁGUA E ENERGIA
Desde meados da década passada, temos tido notícias de que o Regime de chuvas no Brasil vem se modificando, com chuvas intensas ocasionais e uma tendência para uma média anual menor de chuvas.
Isto vem acarretando que, com mais freqüência, os rios fiquem com menor vazão e que os reservatórios, tanto os de água para consumo humano quanto os de usinas de geração de energia elétrica, fiquem com níveis médios menores. Nos últimos anos o nível dos reservatórios está sempre em situação crítica, sendo que não ficaram em volume morto e não houve racionamento de energia elétrica porque foram acionadas as usinas termoelétricas e a geração a partir de complexos eólicos vem aumentando.
Este nível baixo dos reservatórios, conforme se constata, ocasiona racionamento de água para uso humano e na falta de água para irrigação e pecuária. Os rios estão secando, acarretando o fim do transporte hidroviário e o avanço do mar nos seus estuários.
No ano passado, escrevi uma série de artigos em que citava os incentivos tributários, entre outros, que existem para a implantação de sistemas de geração a partir de fontes alternativas: (i) a micro geração de energia elétrica, (ii) o aproveitamento racional da água e (iii) a recuperação de nascentes de rios.
Está faltando uma consciência de que todos aqueles fatores, desde a recuperação das nascentes, acrescidos (iv) do cuidado com o meio ambiente, (v) do fim do desmatamento, (vi) do cuidado com a água e (vii) a economia e racionalização do uso da água e da energia elétrica, são todos interligados e partes de uma mesma solução.
Precisamos que todos tenham esta consciência de utilizar racionalmente a água e energia, além de estarmos com a consciência que tudo que fizermos, desde as menores coisas até grandes projetos, devem ser no sentido de preservar a água e o meio ambiente, por consequência a energia. Qualquer projeto, obra ou ação nossa, deve prever tudo o que seja útil para preservar a água, a energia e o meio ambiente.
Falta por parte do Governo uma articulação entre as diversas Agências envolvidas (ANEEL, ANA, IBAMA) e uma forte propagação de como devemos economizar água e energia, sem medo político de que esta propaganda venha a ser encarada como prenúncio de racionamento, que já existe de fato.
Como escrevi antes, existem diversas formas de incentivos para que estas boas ideias sejam levadas adiante.
25 de outubro de 2017
Paulo Cesar Alves Rocha